quinta-feira, 26 de abril de 2012

A figueira e o couro



Há milhares de anos, num verdadeiro paraíso, se deu o encontro da figueira com o couro. A figueira, como sempre vaidosa de seus frutos em meio a enormes folhas verdes e viçosas, disse ao couro: "Imagine a minha gloria! Fui a primeira arvore a vestir o ser humano e cobrir-lhe a nudez. Fui a única escolhida entre uma infinidade delas... "E orgulhosamente concluiu: "Dos meus ramos saíram vestimentas para reparar o estrago da fruta de outra árvore. Apesar dela ser mais formosa do que eu e ter seus frutos mais agradáveis aos olhos e ao paladar humano, ainda assim seu fruto o contaminou para sempre..."


Mas sua petulância durou pouco... Porque o Criador removeu aquelas folhas perecíveis e as substituiu pelo couro de um animal. Sabemos que as folhas não são o bastante para vestir o ser humano, já que não aquecem, não secam e não protegem. Mas o couro sim. Deus sacrificou um animal para cobrir a nudez do homem. E se pensarmos no sentido espiritual desse ato, verificaremos que somente através de um sacrifício que conseguimos nos vestir nesse mundo - em todos os sentidos.


Você quer ter uma família feliz? Então precisa sacrificar a sua vida de solteiro, a sua liberdade, o seu salario, e as outras mulheres. Você quer ter uma carreira bem sucedida? Então tem que correr atras, dormir menos, ler mais sobre o que você quer fazer, investir no seu conhecimento e estudar.


Você quer ser uma pessoa de Deus? Então precisa passar pela porta estreita, negar-se a si mesmo, fugir do pecado, ser fiel, e acima de tudo fazer a vontade de deus e não a sua. O que isso, se não sacrifício?


Somente através do sacrifício é se conquista qualquer coisa. No caso de Adão e eva, eles cometeram um grande erro e precisavam de algo para vestir e que cobrisse a sua vergonha.


O animal sacrificado foi um exemplo do que o Senhor Jesus iria fazer mais tarde por toda a humanidade. No entanto, quando o Criador foi buscar o frutos na figueira em meia a tantas folhas, nada encontrou e amaldiçoou.


Quando não há sacrifício, não ha frutos de vida. 



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